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domingo, 26 de setembro de 2010

Pior do que está? FICA!


A partir do slogan do candidato à deputado federal pelo estado de São Paulo, Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, "pior do que está, não fica", proponho a seguinte reflexão acerca da democracia brasileira.
Bem, falar de democracia é comum as nossas mesas de bar, em nossas salas de aula, sejam de escolas ou de universidades, em nossos canais de televisão, sobretudo naqueles programas "cabeças" e até em igrejas, mas praticar a democracia é algo bem mais distante que falar dela. Nosso amadurecimento civil parece estar ainda em sua fase pueril de existência, somos um povo que falamos o que vem na cabeça mas não nos damos conta do que realmente dizemos, mais ou menos o que estou fazendo agora. Não é assim que as crianças fazem e que deixam, às vezes, os adultos constrangidos? Mas, como povo somos absolutos e não há adultos, não nos constrangemos, ou melhor, não há a quem constranger, então, além de pueris, não nos mancamos!
E se eu me colocar, momentaneamente, como o adulto de nossa sociedade? Que marra, hein!? Rsrsrs! Bem, já que vou fazer a vez de um "adulto social" deixa eu colocar o que penso dos nossos "Tiriricas" nessas eleições.
Falando dos dantescos candidatos que me vêm na cabeça agora, além do próprio Tiririca, tem o Romário, o Bebeto, o Ronaldo Esper, o Batoré, a mulher Pêra, o Vampeta e até o Reginaldo Rossi, sem falar das outras bizarrices anônimas que preenchem o horário eleitoral por esse Brasil a fora. Valha-me o que há de mais sagrado, o que diabos esses caras fazem se candidatando? Seriam eles honrados cidadãos bem intencionados que contribuirão para um país melhor, ou seriam patifes usurpadores do erário nacional? Talvez um pouco dos dois. Talvez mais um do que outro. Mas, suponho que nem um e nem outro tenham importância maior. O que realmente me importa é o que vários deles têm pertinência junto ao eleitor, sendo alguns extremamente cotados para vencer e ingressar no legislativo nacional, ou seja, na elaboração de nossas regras sociais, na fiscalização de nossos administradores públicos e na defesa e conservação de nossa sociedade. Céus! Estaremos nas mãos dos palhaços. Como se já não bastasse estarmos nas garras de pilantras, larápios, canalhas etc, agora ainda estaremos à mercê dessa nova estirpe de políticos, a dos "palhaços". Aí está a prova de nossa imaturidade democrática, ao invés de melhorarmos a qualidade daqueles que ingressam na vida pública, validaremos e consolidaremos a sua degradação.
Alguns sugerem que tal fenômeno é motivado por um sentimento ou desejo de protesto frente ao que está aí. Não sei. Mas, mesmo sendo assim, só me faz confirmar a impressão de que somos um povo de maturidade social, cultural e, principalmente, política pueril. Isto é, vamos piorar o que ruim já está para protestar. Mas quem sairá ganhando e perdendo com isso? Garanto que não nos valerá de nada elegendo aberrações e os validando como nossos representantes.
Como "cada povo tem o governante que merece", parece que estamos sendo apenas coerente com essa onda de "palhaços" cotados para a vida pública e estendendo o ditado para "cada povo tem os representantes que merece"! E assim caminha a sociedade brasileira. Uma pena!

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