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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Para ficar por dentro dos 60 anos da TV brasileira



"Em 18 de setembro de 1950, por iniciativa do empresário Assis Chateaubriand, a televisão foi inaugurada no Brasil. Nesse dia, uma menina vestida de índio, o símbolo da TV Tupi, anunciou que a primeira emissora brasileira estava no ar. Tudo que o que aconteceu depois daquele momento virou história: a primeira novela diária, o primeiro telejornal, os primeiros musicais, os improvisos das transmissões ao vivo, a chegada do videoteipe, o noticiário em rede, a era digital. 

Para Nélson Rodrigues, “a televisão matou a janela." Pode ser. Mas o fato é que o mundo também passa pela TV. Ela informa, entretém, cria modas e influencia comportamentos.

ÉPOCA preparou um especial para você relembrar fatos, personalidades e imagens que traduzem as seis décadas dessa história. Navegue pela Linha do Tempo e relembre (ou conheça) quem fez e quem faz a televisão no Brasil."
http://colunas.epoca.globo.com/60anosdetv/

Parabéns à televisão brasileira!
Se há alguma coisa que deu certo nesse país a partir dos anos 60's pra cá, foi a televisão brasileira. Suas novelas, seu modo de transmissão esportiva, seus programas de auditório, seu tele jornal etc. Copiando, aprimorando e evoluindo ano após ano, década após década, fracasso após fracasso e demência após demência, não se pode negar que a qualidade técnica e o formato de nossa tv é referência de entretenimento.
Todavia, no aspecto formador de cultura e de sociedade, mesmo que mantenha sua qualidade técnica quase que irrepreensível, deixou e ainda deixa muito a desejar. Melhor exemplo disso é o trecho da canção dos Titãs, "A televisão me deixou burro, muito burro demais..." E é por aí, uma televisão supra sumo da qualidade técnica e do entretenimento, mas que na hora de colaborar e de auxiliar no papel formador de uma sociedade melhor, politicamente, culturalmente e educacionalmente falando, ficou na atolada lama da inconsistência.
Assisti, por exemplo, a um episódio de uma novela de horário nobre na mais badalada das emissoras de nosso país, no qual um filho, depois de presenciar um pai arrogante e moralmente medíocre humilhar um de seus filhos, agredi-lo fisicamente e ainda, durante a agressão física, cobrar-lhe tudo o que esse tal pai lhes devia durante toda vida deles. Ora bolas! Meu filho quase assistiu a isso. Por sorte, já estava dormindo e não tive que passar pelo constrangimento de ter que explicar que a ficção tem esse tipo de licença para contradizer tudo aquilo que prego de uma família coerente e equilibrada. Custava dizer aquilo tudo que foi dito na cena, mas sem agressões físicas entre pai e filho? Custava passar a mensagem que um pai tem que ser responsável pelos filhos, não somente no aspecto financeiro, mas afetivo e moral sem agredir o telespectador?
Daí que eu digo, a televisão brasileira é nota mil no quesito entretenimento, mas tira zero quanto à educação de nosso povo. Uma pena, já que em muitos lares a televisão é o principal veículo de informação e, logo, de formação. E nos demais lares, serve pelo menos como referencial de tendências e até mesmo de conduta. Na geração pós rádio e pré internet, ou seja, na minha, a tv foi o principal meio de conhecimento em massa e veja só no que demos! Talvez, a tv ainda seja, mesmo durante essa efervescência tecnológica dos dias atuais, o meio de comunicação e de informação mais influente de nossa sociedade, mas, infelizmente, ainda não se mancou disso e teima em ser medíocre no papel edificador dessa mesma sociedade.
Cuidado! Que todas as divindades me livrem de estar aqui pregando algum tipo de censura. Ruim livre, pior com censura! O que sugiro é uma reflexão do que a tv poderia ser mais, além de um veículo que apenas priorize o entretenimento e que o faça de forma inconsequente e irresponsável. Sou visceralmente contrário a qualquer forma de censura, sou do tipo que morreria em nome da liberdade. Mas custa ser um pouco mais responsável? Custa estar um pouco mais preocupada com a qualidade e com a formação de nosso povo, de nossa juventude? Sei lá! Acho que estou ficando com uma análise deveras senil das coisas. Talvez minhas idéias já estejam decrépitas e minha análise seja o prelúdio de minha aposentadoria intelectual. Quem sabe? Mas, mesmo velho e com a observação mofada, ainda adoro criar polêmica e incentivar a discussão! Pena que até isso a tv nos deixa na mão. Polêmica pela tv, só quando envolve alguma celebridade e sua intimidade sexual! Nem escândalos políticos são tratados pela tv como assunto causador de polêmica!
Já enchi o saco de escrever aqui por hoje. Chega! Vou ver um pouco de televisão!

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