Total de visualizações de página

sábado, 6 de julho de 2013

B.B. King The Thrill Is Gone Crossroads Guitar Festival 2010 DVD

quarta-feira, 19 de junho de 2013

MANIFESTO ACERCA DA INSATISFAÇÃO "DIFUSA E GENERALIZADA"

Confesso ainda estar um tanto perdido ao tentar me posicionar em relação aos protestos generalizados por boa parte do Brasil durante esta Copa das Confederações.
Outrora jurava ser motivado pelo aumento das tarifas de transporte coletivo, os tais R$ 0,20, mas já me convenci que isso foi a gota d'água ou pelo menos o pretexto.

Desconfio estar diante de uma revolta a tudo por que passa a sociedade brasileira ao longo desses mais de 500 anos de existência, ou pelo menos a partir de sua aventura republicana. Corrupção inescrupulosa, egoísmo político, descaso com o patrimônio coletivo (patrimônio coletivo entendo por educação, saúde e segurança públicas), revezamento da pilantragem oligárquica no poder, leis caducas e demagogas, tributos sufocantes etc etc etc et al. Há muito neste país para se indignar e consequentemente protestar.

O que ainda não consegui decifrar é de onde surgiu esse movimento, qual foi sua gênesis prática, quem ou o quê iniciou tudo isso?

Lembro do movimento "Fora Collor", do qual estive presente, mais como observador privilegiado do que como manifestante, e do movimento "Diretas Já", este apenas observado pela televisão. Em ambos os movimentos citados a origem e a orientação vieram de cima, das elites descontentes com o status quo tanto do que representava o governo Collor quanto a já desgastada ditadura militar. Havia de tudo na gênesis destes movimentos, da Rede Globo até as Arquidioceses, de político de extrema direita a lideranças sociais democratas. Lembro também da participação maciça da classe "intelectual" e dos pseudos intelectualóides de plantão. Havia de tudo, de jogador de futebol a artista de novela, de cantor popular a poeta erudito e, de forma coadjuvante, é claro, o povo.

O "Fora Collor" e as "Diretas Já", salvo suas proporções e circunstâncias, estavam mais para a manifestação acerca dos royalties do petróleo do Governador Sérgio Cabral do que para a Queda da Bastilha ou para a  Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade. Eram lideranças políticas, empresariais, institucionais, culturais e intelectuais que propuseram e organizaram aquilo tudo, mas naquela época só havia a TV e o rádio, o povo mal lia jornal, ou seja, não havia ainda a internet. Era uma época em que a TV manipulava quase que absolutamente a vontade e a energia de nossa sociedade, natural só nos manifestarmos em grande escala sob a motivação das elites controladoras dos principais meios de comunicação. As caras foram pintadas pelo horário nobre e para o telejornal da noite. Eram manifestações adestradas e controladas, visto que o fruto do movimento pelas diretas foi ter de engolir José Sarney como primeiro presidente civil desde o Golpe Militar de 1964 e, depois do impeachment do Collor pouco ou nada se mudou neste país, vide o Sr. Renan Calheiros (pra quem duvide, posso garantir que ele é o atual presidente do Senado).
Hoje temos a internet, temos a real liberdade de expressão, ou algo próximo disso, somos menos manipulados que antes, ou seja, temos mais vontade própria e nossa indignação pode ser traduzida sem a transcrição dos meios tradicionais (e comprometidíssmos) de comunicação. Talvez aí seja a melhor pista para as minhas dúvidas, para ajudar a elucidar o mistério das atuais manifestações.

Pode ser também a tal nova classe média. Afinal, é a classe média que sempre se dá mal e é ela que sempre chia primeiro, justamente a classe mais familiarizada com a internet e um pouco mais educada (como diz o ditado, "em terra de cego, quem tem um olho é rei") que a porção manada da população brasileira. Seria a nova classe média a "vilã" dos atuais protestos? Só o futuro histórico nos dirá, ou não!
Mas de uma coisa eu acho que tenho certeza, os atuais protestos perturbaram a paz dos calhordas e isso não tem preço, ou se tem posso garantir ser bem mais caro do que R$ 0,20. Adorei o barulho bem durante da tal Copa das Confederações. Quero muito que isso seja apenas o aquecimento para o que vai acontecer durante a Copa do Mundo, quando o mundo, seus anunciantes e consumidores, estarão de olho no Brasil.
Quem sabe agora o Brasil amadureça e tome vergonha na cara? Tomara!



domingo, 10 de julho de 2011

MOBILIZAÇÃO FRENTE AOS IMPACTOS CAUSADOS PELA TRANSCARIOCA


Na manhã deste domingo, dia 10 de julho de 2011, os moradores, comerciantes, amigos e frequentadores dos bairros de Olaria, Ramos e Penha, participaram de um grande abraço simbólico ao redor do bairro de Olaria com o intuito de solicitar uma audiência pública junto ao governo municipal da cidade do Rio de Janeiro, afim de que o mesmo explique melhor acerca dos impactos causados pelas eminentes obras relacionadas com a construção da via Transcarioca, que ligará o aeroporto Tom Jobim à zona oeste da cidade através de BRTs (Bus Rapid Transit).

De modo inexplícito e de certa forma até autoritário, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, desapropriará, parcial e integralmente, diversos imóveis situados nos bairros de Olaria, Ramos, Penha, Brás de Pina etc, causando transtorno sem igual aos moradores, sejam eles proprietários ou inquilinos (aí lê-se despejos), ao comercio local e à tranquilidade cotidiana dos bairros vítimas do trecho 2 da Transcarioca.

Nada contra melhorias para os bairros da zona norte, pelo contrário, sempre fomos "esquecidos" pela prefeitura ou por qualquer extrato do poder público. Mal davam conta do essencial, como iluminação, manutenção das vias e podas de árvores, por exemplo. Sempre que a zona norte precisou de alguma prestação de serviço essencial ou não em um de seus bairros, normalmente, enfrentava profunda dificuldade para ser atendida. Logo, não seria justamente agora, visando melhorias, que a zona norte se oporia frente aos benefícios que sempre foram almejados.

Todavia, depois de negligenciarem por décadas a região, agora, sob motivação dos próximos eventos esportivos e internacionais na cidade, resolveram agir. Como é vocação do poder público agir sob pressão emergencial, intencionalmente ou não, suas atitudes e determinações transcorrem sem ponderar acerca dos impactos sociais sobre a população, que neste caso fora por décadas negligenciada.

O que a população solicita da prefeitura é legítimo e justo, uma audiência pública afim de melhores explicações. As desapropriações foram apresentadas aos moradores, aos comerciantes e aos frequentadores da região através de decreto publicado no Diário Oficial de 21 de junho de 2011, sem a menor satisfação e sem quaisquer esclarecimentos públicos. Afinal, é assim que transcorre a nossa democracia? Foi para isso que esperamos por mais de 20 anos entre os anos 60 e 80? Democracia de decreto, sem a participação e o consenso popular não é democracia de fato! Exemplos perniciosos como este podem semear o desconforto de um modelo político inadequado para as futuras gerações.

A população de Olaria, Ramos e Penha estão de parabéns com a mobilização demonstrada neste domingo, homens, mulheres, crianças e, sobretudo, idosos estavam lá, exercendo sua cidadania  e, por isso também,  contam com a minha total e irrestrita solidariedade e admiração, não somente por também ser cria da região e ter raízes no bairro, mas porque sou cidadão e exijo respeito por tal!
Respeito para aqueles que merecem MORAR sem serem importunados e desrespeitados justamente por quem nos deveria garantir habitat!

AUDIÊNCIA PÚBLICA JÁ!
ACERCA DA CONSTRUÇÃO DO TRECHO 2 DA TRANSACRIOCA!






quarta-feira, 6 de julho de 2011

ALERJ PRETENDE NEGOCIAR ACORDO ENTRE PROFESSORES E GOVERNO


O líder do Governo na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado André Corrêa, anunciou, nesta quarta-feira (06/07), durante reunião no Palácio Tiradentes, Centro do Rio, que vai intermediar o diálogo entre o Governo do estado e os professores da rede estadual de ensino que estão em greve. Após anunciar os avanços já conseguidos para a classe pelo Poder Executivo, Corrêa fez também um apelo em prol do fim da paralisação, que completa um mês amanhã. “O Governo já avançou muito, pois contratou mais de 30 mil professores por concurso público, concedeu à categoria o vale-transporte, incorporou o Nova Escola e, agora, antecipou essa incorporação. Com isso, o que estava previsto para acontecer em quatro parcelas, até 2015, está sendo feito de uma vez só. O Governo incorporou o equivalente a um aumento de 9,82%, um dado significativo dentro de uma economia estabilizada”, frisou o parlamentar.

Coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe-RJ), Maria Beatriz Lugão classificou como proveitosa a reunião. “Saímos com a expectativa de que os deputados consigam interceder junto ao Governo para que a negociação avance. Todos demonstraram bastante boa vontade em intermediar a negociação, em especial o líder do Governo. Agora, precisamos de sinalizações por parte do Executivo para que a greve seja suspensa. Queremos um reajuste salarial de 26% e que a administração estadual não corte os dias parados dos professores e funcionários grevistas”, declarou.
Quanto ao corte dos pontos, Corrêa disse que, caso a categoria suspenda a greve na sexta-feira (08/07), ele se compromete a trabalhar para que os grevistas não deixem de receber os dias parados, desde que os profissionais que aderiram ao movimento reponham as aulas. “Eu me comprometi, ainda sem a autorização do Governo, a trabalhar nesse sentido. Espero dar uma posição a eles até a próxima sexta-feira, quando a categoria fará uma nova reunião. Quanto ao índice de reajustes, deixei claro que não vamos apresentar nenhuma proposta, porque o Governo não vai cometer nenhuma irresponsabilidade ao assumir um compromisso que, depois, não possa ser cumprido”, afirmou.

Presidente da Comissão de Educação da Casa, o deputado Comte Bittencourt (PPS) acredita que o líder do Governo poderá avançar nas negociações junto ao Poder Executivo. “A reunião foi proveitosa. O líder comprometeu-se a levar essas demandas dos sindicatos ao governador Sérgio Cabral e ao setor da área de planejamento econômico governamental”, apontou. Os deputados Paulo Ramos e Luiz Martins, ambos do PDT, Marcus Vinícius (PTB), e Janira Rocha e Marcelo Freixo, ambos do PSol, também participaram da reunião.

(texto de Vanessa Schumacker)