Total de visualizações de página

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

EDUCAR PARA QUÊ?



As práticas das 100 Melhores Empresas para Trabalhar ainda são raras. Mas no futuro a maioria das companhias será como elas
DAVID COHEN, MAURO SILVEIRA E MARCOS CORONATO


"Como qualquer prática cultural humana, o modo como trabalhamos sofreu profundas modificações ao longo da história. Os trabalhadores que ergueram as pirâmides do Egito levavam chibatadas. Escravos cultivavam as plantações brasileiras do século XVIII. Nas primeiras fábricas da Inglaterra, crianças trabalhavam de manhã até a noite. Na maior parte do século XX, a produção foi dominada pela linha de montagem e seus operários robotizados. Envolvidos com nosso dia a dia, podemos não perceber, mas o mundo do trabalho se transformou completamente.
A chave para essa mudança tem dois lados. O primeiro deles abriu a cabeça das pessoas. No mundo atual, o trabalho mais valorizado não é o braçal, mas sim o intelectual. E o trabalho intelectual exige o engajamento do funcionário. Não é possível obrigá-lo a pensar, como era possível obrigá-lo a carregar pedras ou apertar parafusos. Num mundo assim, há um prêmio para as empresas que conseguem motivar as pessoas a dar ideias e realizá-las com entusiasmo.
O segundo lado da chave abriu a porta das empresas. Numa era de concorrência acirrada (e global), num regime democrático, as pessoas são livres para procurar emprego no lugar que considerem mais adequado. Ainda mais com uma economia em expansão, como é o caso do Brasil – estima-se que a economia crescerá 7% neste ano e mais de 4% no próximo; ao longo de 2010 deverão surgir 2 milhões de novos empregos no país.
A diferença entre o mercado de trabalho de hoje e o de nossos pais ou avós é enorme, mas deverá crescer ainda mais s nos próximos anos. As mudanças já estão ocorrendo. E não há melhor lugar para observá-las do que a lista das 100 Melhores Empresas para Trabalhar, divulgada pelo Instituto Great Place to Work (GPTW) e por ÉPOCA numa cerimônia em São Paulo na segunda-feira dia 16 (leia o quadro no link http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/1,,EMI164673-16165,00.html). São empresas de ponta, em diversos setores da economia e regiões do país, convencidas de que o talento das pessoas é seu principal recurso para o sucesso. Por isso, elas adotam práticas que lhes permitem atrair, motivar, preparar e reter os melhores profissionais possíveis. Os funcionários – os juízes primordiais da lista, pois suas notas para a empresa, enviadas em sigilo para o GPTW, definem dois terços da pontuação final – aprovam as práticas que mais lhes agradam, numa espécie de seleção natural. A evolução dessas práticas está moldando o futuro do mercado de trabalho."
Sonho: Por que nossa educação não se orienta a partir desse tipo de referencial? Afinal, educamos para quê? Não está na hora de sincronizarmos nossas escolas e práticas educacionais com aquilo que o mercado demanda? Será que não obteríamos melhores resultados se nos entrosássemos, nós educadores e gestores de educação, com as circunstâncias do mercado atual? Sei não, mas suspeito que quem ensina tem ainda muito que aprender sobre o mundo atual em que vivemos. Sonho um dia que escola, educador e educando caminhem juntos rumo em direção ao mundo real.
Como sonhar não custa nada, fica aqui registrado o meu sonho!

Nenhum comentário:

Postar um comentário