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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A DIFÍCIL ARTE DE VOTAR EM 2010


Ainda durante o primeiro turno, principalmente no fervor da campanha eleitoral, vi-me numa situação órfã, entre os dois principais candidatos à presidência não consegui captar de nenhum deles uma proposta detalhada de governo, apenas promessas e idéias avulsas. A terceira candidata até apresentou algo mais concreto, mas foi justamente aí, em relação as suas propostas, que desisti de votar nela. Resumo de minha (falta de) opção, acabei votando no rompimento. Na descontinuidade. Será?
Então, analisemos essa questão da continuidade ou não de quem será o próximo presidente do Brasil.

Se compararmos os 8 anos de governo FHC com os 8 anos de governo Lula, observaremos mais em comum do que diferente. Os indicadores usados como referência estão disponíveis no seguinte site: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI176275-15223,00.html, no qual utiliza a metodologia inspirada no estudo Cesta de governo – A prova dos índices, publicado em 2005 pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, onde há 100 indicadores como referência.
Desses 100 indicadores, 56 são favoráveis para o governo Lula contra 44 para o governo FHC. Todavia, se analisarmos que muitos dos indicadores favoráveis ao governo Lula são decorrentes de implementações ainda do governo FHC, ainda continuamos com a sensação de que nada mudou, apenas continuou a mesma coisa, ora retrocedendo e ora avançando, mas praticamente a mesma coisa.
Então, por quem optar no próximo 31 de outubro? Responder 'não sei' seria o mais coerente. Entretanto, hei de escolher alguém. Então que critério utilizar? Simples, vou olhar para o meu lado e ver onde a porrada dói menos.
Uma das coisas que sempre me incomodou nos últimos oito anos de governo PT foi a pesada carga tributária a qual fui submetido. Se você não é isento de tributos, principalmente do imposto de renda, ganha mais de trinta mil reais por ano e declara honestamente os seus rendimentos, sabe muito bem do que estou falando. A máquina estatal inchou e com esse inchaço cresceu a fome do Leão e dos corruptos. Quanto mais cargos de confiança, mais escritórios e gabinetes, maior é a exigência de arrecadação. Isso sem falar no custo do assistencialismo populista, típico da máquina do Estado PT. Se a candidata do PT entrar, temo que a fome da máquina estatal pelo nosso árduo e suado rendimento seja ainda mais conspícua e insaciável. Talvez tenhamos que trabalhar 5 ou 6 meses por ano só para pagar impostos.
É claro que, para aqueles que são isentos ou para aqueles que têm como burlar legitimamente o IR, manter essa estrutura de poder é a melhor coisa que possa acontecer no dia primeiro de novembro. Os pobres se sentirão menos pobres, continuarão consumindo mais e mais eletrodomésticos, LCD's, Notebooks e continuarão com crédito na praça para equiparem as suas casas sem saneamento básico adequado, sem coleta eficiente e seletiva de lixo, sem abastecimento de água regular e de qualidade e sem a segurança ao seu redor para poderem usufruir dos bens adquiridos tranquilamente. Ah! Também não terão ainda uma escola pública de qualidade pedagógica, mas terão escolas com inclusão digital e climatizadas.
O Brasil não será mais o país do futuro, mas sim das lembranças do passado, quando todos esses bens materiais e essas edificações sem manutenção adequada e continuada virarem ruínas. Afinal, como já visto durante esses últimos oito anos, ao invés de se estimular o desenvolvimento e a capacitação adequada, optou-se por distribuir renda sem critérios, sustentando e mantendo o statu quo e a total dependência desse modelo.
Por essas e outras, torço pela ruptura da situação, mesmo que isso não aponte para uma transformação significativa do que já convivemos há 16 anos de governos FHC e Lula. Mas também não quero mais aturar a máfia atual liderada pelo Sr. eminência parda de nosso Cardeal de Richelieu, José Dirceu de Oliveira e Silva. Chega disso!

Agora, em tempo, já que o segundo turno será celebrado no dia 31 de outubro, dia em que se comemora nos EUA o halloween ou dia das bruxas, já adotado por aqui, nada mais sugestivo que uma disputa entre Dilma Rousseff vs. José Serra, algo muito semelhante aos grandes embates do gênero, como Freddy vs. Jason ou Alien vs. Predador, por exemplo! Quem será o Michael Myers que governará o Brasil nos próximos 4 anos? Quem sabe, só o José Mojica Marins poderá nos dizer!




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