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domingo, 17 de abril de 2011

ONDE ESTÃO OS INVESTIMENTOS!?

Metas de gerenciamento sem os devidos investimentos é como tratar de uma doença grave sem os medicamentos adequados, só com conselhos, boa alimentação e outras atitudes saudáveis! Tudo isso é correto, mas há quadros em que o uso de uma terapia mais radical merece uma carga medicamentosa além dos bons hábitos de uma vida saudável.
Em matéria de 14 de abril de 2011, pela revista Época, o Brasil investe mal em educação. Isto é, embora o investimento proporcional em educação seja comparável ao de países com desempenhos educacionais superiores ao nosso, cerca de 4,3% de seu PIB, a maior parte desse investimento passa longe do ensino básico, ensinos fundamental e médio, indo cerca de 92,6% de todo o investimento para o ensino superior. Lembrando que países como a Coréia do Sul que, por exemplo, investe apenas 9,5% de seu orçamento educacional no ensino superior e o resto no ensino básico, principalmente no ensino médio, deixando a universidade praticamente nas mãos da iniciativa privada. Já por aqui, apenas cerca de 11% são investidos no ensino médio.
E não é que com esses minguados 11% dos 4,3% do PIB investidos em educação é que o governador do Rio, sr. Sérgio Cabral e seu respectivo secretário de educação, sr. Wilson Risolia, querem estabelecer um nível de excelência para a educação fluminense através de planos de metas para serem batidos através de mirabolantes estratégias gerenciais!? Só mesmo cabeças de preenchimento tão idiota e medíocre pode imaginar qualidade sem investimento adequado! Idiota e medíocre ou má intencionada! Pois é! Ainda há essa possibilidade, a da MÁ FÉ!
Como dizia no início, sem os medicamentos adequados, não há terapia que cure ou mesmo que salve uma vida. Então, como iremos "curar" essa doença da má educação de nossas crianças e de nossos jovens só com boas condutas e atitudes saudáveis? Precisamos de remédios, e bem fortes, que normalmente não são baratos e raramente estão disponíveis no balcão de genéricos. Precisamos de terapia mais que intensiva, séria e responsável! Agora vamos combinar, com ínfimos 11% dos investimentos para o ensino básico contra 92,6% dos investimentos para o ensino superior, não há plano de metas e nem gerenciamento mágico que mude conspicuamente o atual quadro de mediocridade em que a educação básica, principalmente a do ensino médio, se encontra. Pode-se até obter méritos e sucessos isolados, no campo estatístico das exceções, mas mudança qualitativa em quantidade, impossível! Não sem investirmos pelo menos dois terços do nosso orçamento em educação no ensino básico.
Senhores mestres e doutores em gestão e administração em educação, antes de quaisquer coisas, vejam se há recursos para tal! E, ao aplicá-los, o faça de maneira honesta, razoável e otimizada. Pensem no principal protagonista dessa batalha por uma educação melhor e mais adequada as nossas atuais demandas nacionais e internacionais, pensem em nós, PROFESSORES!

Matéria da revista Época: 

3 comentários:

  1. Cabral esta tentando fazer o melhor, tenham paciência....

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  2. Renata! Queria ter a sua fé nisso. Mas "Há um limite onde a paciência deixa de ser uma virtude". Edmund Burke, filósofo e político anglo-irlandês.

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  3. É incrível o Brasil querer se firmar dentre os países em plena ascensão com esse descaso na educação. É a base!

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